Tomilhos medicinais (Thymus) – espécies de Portugal

Família: Lamiáceas (Labiadas)
Origem: Região mediterrânica
Habitat: Subarbusto espontâneo no Centro de Portugal Continental, apresenta duas sub. espécies a zygis (mais frequente na Terra Quente Transmontana, Centro-Este e Sueste) e a sylvestris (Barrancos calcários, Arrábida, Centro-Sul e Barrocal Algarvio)

Partes utilizadas: partes aéreas floridas e óleo essencial destas.
Propriedades – adstringente e expectorante que melhora a digestão, relaxa espasmos e controla a tosse, com propriedades fortemente antisséptica e antifúngica.
Contra-indicações – não aconselhado a grávidas.

Sabia que as múmias no antigo Egipto eram embalsamadas com tomilho? E que na Roma antiga, era habito espalhar-se tomilho pelo chão para perfumar a casa e que se queimavam os ramos da planta para afastar os maus espíritos e já este utilizavam como remédio para a tosse e digestões difíceis?
Já no século XII utilizavam o tomilho para afastar a melancolia e evitar pesadelos.

 

O tomilho tem a sua fama na culinária e na confecção de licores. Mas pode ser conservado nas nossas casa para nos ajudar no dia-a-dia, principalmente como aliado no inverno.

O seu componente principal é o timol, óleo essencial importante na confecção de cremes dentífrico.

As  suas partes áreas são principalmente empregues em problemas digestivos, incluindo flatulência e indigestão, dificulta as fermentações anormais ativando secreções glandulares. Recomendado para problemas de obstrução das vias respiratórias.

Um dos tomilhos mais cultivados e populares é o Tomilho-limão (ThymusXcitriodorus), é muito variável na sua forma. Muito popular em culinária é usando também em tisanas como digestivo.

Em Portugal, graças à sua situação geográfica e clima mediterrânico, o género Thymus está amplamente distribuído, com inúmeras espécies endémicas. Tem sido muito estudada devido aos seus óleos essenciais. Segue um quadro onde podem observar algumas das espécies endémicas de Portugal Continental ou Autóctones da Península Ibérica. Podem pesquisar mais espécies de portugal em: http://flora-on.pt/

Investiguem nos vossos arredores que espécies encontram e tentem identificá-las!!

Thymus albicans – Autóctone P. Ibérica

Thymus caespititius- Tormentelo – Autóctone P. Ibérica

Thymus camphoratus – Endémica Portugal Continental

Thymus capitellatus- Tomilho-do-mato – Endémica de Portugal Continental

Thymus carnosus – Autóctone da P. Ibérica

Thymus lotocephalus – Endémica de Portugal Continental

Thymus polegioides – Autóctone da P. Ibérica

Thymus villosus – Endémica de Portugal Continental

Thymus Zygis – Tomilho/Sal-da-terra – Autóctone da P. Ibérica

Thymus Mastichina – Bela-luz/tomilho-alvadio-do-algarve – Autóctone da P. Ibérica

Recolhi algumas receitas para diferentes maleitas onde podemos usar o Tomilho em nosso favor.

Internamente sob forma de Infusão, pode ser utilizado contra a tosse, gripe e obstrução das vias respiratórias (duas a três vezes por dia), preparado com 1 colher de sopa de tomilho picado para uma xícara de chá de água a ferver.

Na cosmética, esta é para as senhoras que querem fortalecer o cabelo e diminuir a queda, podem fazer um chá por decocção, com 2 colheres de sopa de tomilho picado para um copo de água e deixar ferver por alguns minutos e deve ser massajado no couro cabeludo durante 15 minutos.

Para as dores do reumatismo articular, fazer um extracto ácido (um que?) – Traduzindo: 3 colheres de sopa de folhas e flores para uma 1 xícara de vinagre branco e deixar a macerar durante 7 dias. Aplicar na área dolorosa com o extracto embebido em algodão duas vezes ao dia. 

No jardim/horta: O tomilho também é um forte aliado em forma de infusão ou decocção é eficaz contra o míldio e o oídio das plantas, assim como contra o piolho e a larva do mosquito.

Conservação: Secar os raminhos embrulhado em papel e pendurar de “cabeça para baixo” no escuro e em ambiente seco durante aproximadamente 10 dias para secar. Depois devem-se guardar num recipiente hermético e opaco.

Manutenção da planta: Logo a seguir à floração deve ser podado com frequência, de forma a evitar que lenhifique na base, mantendo-se saudável por muito mais tempo.